Mas há também a realidade, a maior barreira ao “nós” pois não existe nem pode existir um “nós” no mundo real e nós sabemos disso. Se bem que, é verdade, às vezes esqueço-me de tudo o que nos separa e quero acreditar. Tu não. És realista e prático, como também eu já fui, antes de existires, antes de seres a melhor parte de mim.
Não deviam existir impossíveis, mas existem.
Conheci o teu mundo, tal como conheceste o meu e imaginei um futuro diferente onde eu fazia parte dele…
Há dias decidi que devia desapaixonar-me de ti. Provavelmente aprovarias a minha decisão, considerarias sensata e prudente. Mas os teus olhos diriam o contrário, como sempre fazem, quando em negação fazes o que achas melhor e fechas-te no teu mundo frio. E eu fico à margem. O pior é que estás em todo o lado e não sei como fazer para esquecer-te! Oiço o teu riso e lembro-me de cada uma das tuas expressões. Não posso ir aos meus locais preferidos pois partilhei-os contigo e agora são mais uma memória de “nós”. Estás em todo o lado, ao meu lado quando bebo uma chávena de chá, no meu carro quando toca aquela música, na tv quando falam daí, no mar que me rodeia… Acho que és o meu karma e não posso fugir do meu karma ou pelo menos não sei como fazer.
Hoje comentava com uma amiga o quanto sou esquecida e como estou sempre e deixar pequenas coisas minhas por onde passo, mas que aí não deixei nada… Ela corrigiu-me e lembrou-me que aí deixei o mais importante.
Provavelmente é por isso que me sinto tão vazia.
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