quarta-feira, 26 de maio de 2010

Muda de vida se não vives satisfeito…



Mudar de vida.
Parece tão simples. Mas, será que foi assim tão fácil ao António Variações mudar de vida? Já para não falar do Camané que voltou aos fados (quer-me parecer que depois da Maria Albertina nunca mais foi o mesmo).

Ok, vou mudar de vida. Começo por onde?
Sempre sonhei ser arqueóloga, mas será que consigo trocar o conforto do escritório pela poeira debaixo de um sol escaldante? Sempre quis trabalhar noutro país, mas era capaz de deixar tudo e partir rumo ao desconhecido? A verdade é que como a grande maioria da população, sou comodista. Admito sem qualquer pudor. Prefiro um hotel com ar condicionado a fazer férias num parque de campismo com areia e bichos por todo o lado. Prefiro jantar fora num bom restaurante 1 vez por semana do que jantar fora todos os dias no tasco da esquina (é só um exemplo).

Mudar de vida exige muito de nós, quando não somos forçados pela força das circunstâncias, perdoem-me a redundância. Já aqui disse antes, mas a rotina é tranquilizadora, familiar, ainda que nem sempre agradavelmente familiar. Quantos de nós já pensamos “deixava tudo e ia viajar pelo mundo sem destino”, a questão é, caso tal cenário fosse exequível seria mesmo capaz? Abandonar família, amigos, o ginásio que frequento ocasionalmente, o meu horário fantástico, que me permite dormir mais uma horitas pela manhã, o meu carro…

Fazer do mundo a minha morada é uma ideia mais fantasiosa que propriamente glamourosa quando começamos a pensar nos pequenos detalhes. Mas são os pequenos detalhes que fazem toda a diferença.



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