I walk barefoot where the water drowns the sand
With you no longer here to hold my hand
I let go
Certa vez disse a uma amiga que o tempo é a água que apaga a chama da paixão.
Se ao tempo juntar a distância, que nos separa em muitos quilómetros, um oceano, um país, um continente… o tempo assume uma dimensão ainda maior. Para mim o tempo é uma realidade assustadora!
Há dias, ao folhear uma revista, deparei-me com uma previsão muito pouco animadora (porém que encaixa como uma luva) no meu horóscopo, dizia:
Carneiro – Amor
Dizem que a distância faz esquecer, e se há milhões de quilómetros pelo meio, seria melhor que você admitisse que ele pode se esquecer de si. As novas tecnologias deveriam, ainda assim ajudar-vos...
O desânimo invadiu-me, pois tenho plena noção de lutar contra a maré, mas depois tentei ver as coisas pelo lado menos mau, afinal ainda há esperança pois não são bem milhões de quilómetros (não, não suspiro por nenhum astronauta e muito menos por um marciano).
Pensei… Pensei muito… e cheguei à conclusão que o tempo é necessário, talvez mesmo a distância, para reconhecer um verdadeiro amor. O desgaste da relação ocorre muitas vezes quando damos o afecto da outra parte como certo e aí começamos a descuidar as pequenas coisas. Se a distância nos faz olvidar os pequenos gestos quotidianos é também responsável por valorizarmos um sorriso único no tempo, uma careta inconfundível, um cheiro!
Saudade. Esse palavra tão portuguesa como o fado, a tristeza da ausência, a dor do recordar. Mesmo assim, é com toda a certeza que afirmo, que prefiro sofrer em silêncio do que deixar partir, do que esquecer…
Na minha memória tu és e nós somos reais!
With your voice in my headI could fall here instead
But there's a calm under the waves
So I choose to sink
Nota: a letra no início e final do post, pretence à música "Calm under the waves" de Maria Mena
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