terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CSI:NY - parte 2



Ok, sei que anteriormente disse que não faria juízos de valor mas isto está a assumir proporções ridículas.

Então “um miúdo cinco estrelas” cometeu um crime macabro e agora é a vítima!? Se em vez do Carlos Castro a pessoa torturada durante uma hora, asfixiada e mutilada fosse uma “Carla” da mesma idade do Renato, aposto que as manifestações de apoio em Cantanhede seriam muito menos efusivas.
Concordo com a solidariedade para com a família do assassino confesso, mais do que isso já é um pouco forçado e não respeita a verdadeira vítima e respectiva família desta tragédia. Sr. Padre Luís Francisco, junte a população em oração mas, já agora, rezem também por quem merece e pelos pobres do concelho.

Infelizmente ainda existem muitos homofóbicos neste país que insistem em não encarar a realidade – Ser gay não é doença, é orientação/opção.

2 comentários:

  1. Boa noite!
    Sou o padre Luís Francisco. Agradeço o desafio que me faz de rezar por quem merece e quem precisa. Costumo fazê-lo diariamente...
    Jamais fiz qualquer juízo sobre este caso. Eis as minhas certezas.
    Aconteceu um crime hediondo e macabro, que não podia ter acontecido. O seu autor será julgado nos locais próprios e será proporcionalmente responsabilizado pelo que fez. Coisa nenhuma legitima tal atitude.
    Simplesmente o autor do mesmo continua, segundo a minha concepção, a ser pessoa, sujeito de dignidade, com os condicionalismos decorrentes da aplicação da justiça. Defendo que o acto é profundamente execrável, mas por detrás dele continua um ser humano como eu.
    Neste sentido, a comunidade não está proibida de rezar por todos os que mais sofrem neste momento. Não me leve a mal que destaque sobretudo a mãe do jovem, pela maior proximidade.
    Atenciosamente e pedindo desculpa pelo atrevimento.
    Luís Francisco

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  2. Sr. Padre Luís Francisco,
    agradeço o seu comentário e deste já que fique claro que não pretendi de modo algum desrespeitar as suas crenças. Muitas vezes as notícias, e os títulos sensacionalistas, distorcem o contexto dos factos. Foi o que julgo ter acontecido com o artigo em questão.
    A verdade é que o culpado sem dúvida precisa de alguma orientação. As minhas orações, como as de muitos que tenho ouvido comentar este assunto, são sem margem para dúvida dirigidas aos que cá ficam e que, de um momento para outro, vêem-se envolvidos neste crime. Penso que o sofrimento de uma mãe não deixa ninguém indiferente e merece toda a solidariedade do mundo. Considero ainda que este caso deve servir de exemplo e ser alvo de profunda reflexão entre os mais novos e para uma reavaliação dos valores da nossa sociedade em geral.
    Cumprimentos,
    Mara

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